segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

ALUNAS BRASILEIRAS CRIAM PROJETO SUSTENTÁVEL QUE ABSORVE ÓLEO DO MAR

Duas alunas de escola pública criaram uma solução inovadora e sustentável para remover vazamentos de óleo do mar. Núbia Marques da Silva e Aline Faustino Soares foram estudantes do curso Técnico de Logística Reversa da ETEC, Escola Técnica Estadual de Caraguatatuba, litoral de São Paulo.
Elas criaram um produto que absorve o óleo do mar e que usa a casca do coco como matéria-prima. Em uma visita técnica ao Porto de São Sebastião as alunas conheceram a turfa canadense, um pó usado para absorver o óleo que os navios despejam nos oceanos.
“Na hora, eu percebi que aquele produto era muito parecido com a fibra de coco. Então, quando eu cheguei em casa eu resolvi fazer um teste de absorção, e deu certo”, conta Núbia.
As estudantes descobriram ainda que com a junção da fibra com penas de aves o resultado seria ainda melhor. A biomassa gerada após o contato com o óleo também ajuda o meio ambiente, porque pode substituir o uso do carvão e até mesmo ser usada em usinas geradoras de energia.
As estudantes vêem no produto uma forma de barateamento no serviço de despoluição da água contaminada pelo óleo e pretendem colocar o produto no mercado.
“Nós queremos um patrocinador nacional, mas se alguma empresa fora do Brasil, que estiver participando da feira, se interessar pelo nosso projeto e nos ajudar a dar os primeiros passos, vai ser uma grande ajuda”, diz Núbia.
O projeto foi um dos 210 apresentados durante a 10ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza, no mês passado.
A descoberta
A iniciativa partiu do desafio de uma professora do curso Técnico de Logística Reversa. Incomodada com o volume de cascas de coco verde que vão para o lixo na cidade, cerca de 16 toneladas por mês, Patrícia Pantojo propôs que os alunos achassem uma solução prática para o problema.
Além de não terem destino certo e poluírem a cidade, as cascas de coco são focos de dengue devido ao acúmulo de água. O trabalho foi registrado em cartório e as autoras trabalham com a Agência Inova Paula Souza no processo para garantir a patente do produto.
Fonte: Só Notícia Boa, com informações do Meon

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

1º PASSEIO CICLÍSTICO DE AVENTURA DE PONTAL DO PARANÁ

   
Além da participação da população e visitantes, evento contou com a presença da Polícia Militar e autoridades do Estado e Município

Quem participou do primeiro passeio ciclístico de aventura na Estrada Ecológica do Guaraguaçu na manhã do último domingo (12), além da atividade física, teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as histórias do Guaraguaçu e também dos índios que vivem na região. O evento foi realizado em parceria com o Governo do Estado e o Município de Pontal do Paraná.
Esse passeio faz parte do programa Ciclo Paraná, que visa incentivar a mobilidade não motorizada por bicicleta. Para a coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Daniela Janaína Pereira Miranda, a parceria Estado e Município foi muito boa e irá se repetir.
“Nosso objetivo era iniciar esse Ciclo em Pontal do Paraná, e com certeza conseguimos. Temos outros projetos, e essa parceria com o Município irá se repetir”, afirmou a coordenadora.
Durante o percurso, os participantes contemplaram as belezas naturais do trajeto, que conta com bromélias, árvores nativas entre outras. As paradas culturais deram um ar mais interessante ao passeio, sendo a primeira delas no cemitério do Guaraguaçu, que de acordo com a população local tem mais de 200 anos, e sepultados lá, muitos dos colonizadores da região.
Para a lituana Rita Zostautaite, que mora com sua família em Pontal do Paraná há sete anos, e levou todos, inclusive seus filhos de quatro e sete anos para passear, o passeio além de ofertar boas paisagens, também foi de descobertas.
“O passeio foi bem legal! Interessante saber da história do município. Ver o sambaqui, passar pela reserva dos índios. A floresta foi impressionante com todas as flores e cores. A história do cemitério do Guaraguaçu também foi muito boa, eu não sabia que tinha cemitério lá. Com certeza chamarei meus vizinhos para as próximas”, contou a Rita.
Seguindo pela estrada que dá na reserva indígena Guarani M´bya, os participantes já puderam observar pelo caminho as conchas encontradas nos sambaquis, que foram utilizadas como pavimentação.
Ao chegar à comunidade, os participantes deixaram suas bicicletas e seguiram a pé por cerca de 1,5 km até chegar aos pontos mais esperados, o famoso forno de caieira e o Sambaqui do Guaraguaçu.
No secular forno de caiera, foi possível verificar o registro histórico da destruição colonial onde as conchas eram transformadas em cal. Atualmente o forno encontra-se circundado pela vegetação, mas continua marcando a história da população.
O Sambaqui do Guaraguaçu, tombado desde 1982 pela Curadoria do Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria da Cultura do Paraná, é uma montanha erguida por índios formada por acumulações de conchas, cascas de moluscos, ossos, restos de pesca e caça, cobertos por vegetação nativa. Para a comunidade indígena, o Sambaqui é um lugar sagrado, onde estão seus antepassados
Para o prefeito Marcos Fioravanti de Pontal do Paraná, que foi o guia cultural do passeio, essa iniciativa será mantida.
“A iniciativa de fazermos esse passeio na região do Guaraguaçu foi muito boa, pois além de mostrarmos para os turistas que no nosso litoral tem outras opções além das praias, também relembramos as histórias dos nossos antepassados. É um verdadeiro resgate histórico cultural, que pretendemos continuar incentivando”, completou o prefeito.
Antes do retorno, a organização do evento entregou para a comunidade indígena, parte dos sacos de ração que foram arrecadados na inscrição do evento.
Finalizando o evento, ao retornarem ao ponto de partida, os participantes puderam apreciar o tradicional Café Caiçara do Guaraguaçu, produzido pelas mulheres da comunidade, com produtos típicos da região como os deliciosos bolos de aipim e banana, pães de aipim, abóbora e sementes, sucos naturais entre outras delícias. Para a ciclista
“O passeio não poderia ter terminado melhor com esse café delicioso”, ressaltou a participante Thais Costa.
O 1º passeio ciclístico de aventura na Estrada Ecológica do Guaraguaçu é uma realização da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná em parceria com a Prefeitura de Pontal do Paraná, e apoio: Copel, Sanepar, Detran e Polícia Militar.





domingo, 5 de fevereiro de 2017

FAIXA DE INFRAESTRUTURA JÁ



Muito se discute sobre a criação da Faixa de Infraestrutura proposta pelo Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Infraestrutura e Logística, que apresenta uma proposta de desenvolvimento organizado para Pontal do Paraná. Porém antes de adentrar nesta seara, gostaria de ressaltar que o Município de Pontal do Paraná lutou por mais de uma década para conseguir formular e aprovar seu plano diretor, fato ocorrido no mês passado.

O ordenamento proposto desde o Zoneamento Ecológico Econômico da região litorânea chegando até o plano diretor já prevê o desenvolvimento organizado de Pontal do Paraná. É de conhecimento público e notório que a cidade está estrangulada devido ao único acesso da PR-412 aos balneários. Hoje o trânsito é caótico, divido entre as atividades industriais da Techint, moradores, comerciantes, veranista e turistas, com índices alarmantes de acidentes.

Moradores de Pontal do Sul chegam a levar mais de uma hora para chegar a Praia de Leste. Isso é justo? Em períodos de pico são mais de 200 mil pessoas utilizando uma única via para se locomover, ocasionado um caos generalizado. Isso é justo?

A Faixa de Infraestrutura além de dar uma nova e viável alternativa para essa situação nos traz uma nova luz para resolver um segundo e tão grave problema crônico do município de Pontal do Paraná, os alagamentos frequentes.

Nos últimos dias fomos atingidos por fortíssimas chuvas que provocaram grandes alagamentos em diversos balneários. Pontal do Paraná é um município plano, o que dificulta e muito a sua drenagem. A solução encontrada historicamente são os canais de drenagem, conhecidos como canais extravasares. Os quais hoje se encontram saturados. A abertura de um novo canal, com uma calha e uma profundidade significativa nos traz uma alternativa para trabalharmos toda a drenagem do município.

Questionar o saneamento é algo meio estranho, pois basta andar pelas ruas da cidade e ver inúmeros canteiros de obras da SANEPAR/GEL que está implantando e ampliando o sistema de esgotamento sanitário que quando finalizado compreenderá 80% dos imóveis. O abastecimento de água tratada é outro crônico problema pontalense, sempre que temo picos de calor e de pessoas na cidade não se consegue fornecer um serviço de qualidade. Pontal do Paraná precisa de uma nova adutora para poder servir à todos.

Como a maioria dos municípios litorâneos, Pontal do Paraná tem como potencial o turismo, mas outro grande potencial é atividade portuária que pode ser desenvolvida. O posicionamento geográfico, as características do leito marinho, clima, entre outras favorecem as atividade industriais na região chamada de Ponta do Poço. E ao contrário do que se conhece em falar de Brasil, hoje com a Faixa de Infraestrutura juntamente com o ZEE e o Plano Diretor de Pontal do Paraná, podemos planejar e ordenar o desenvolvimento local, fazendo que ele aconteça de forma exequível e sustentável.

Para finalizar, a faixa além de todas essas benécies já faladas, servirá como limitador do crescimento urbano da cidade, impedindo não só as ocupações irregulares mas também a abertura de novos loteamentos, sejam eles para quaisquer padrão social, fazendo com que grande parte da área do município de Pontal do Paraná seja conservada e protegida.

O impacto direto da supressão vegetal para implantação da referida Faixa não chega nem perto de milhões de hectares, não chegando nem a milhar. Pergunto eu, a quem interessa realmente o não desenvolvimento de Pontal do Paraná? Quem estaria sendo beneficiado pela Implantação da referida Faixa? Essa segunda pergunta é de fácil resposta, seria toda a população pontalense, seus veranistas, turistas e futuros empreendedores sem falar de todos o sistema produtivo do estado do Paraná e do Brasil.

Ricardo Aguiar – Biólogo, Pós-graduado em Gestão Ambiental, Graduando em Gestão Pública, Secretário Municipal de Recursos Naturais – 2013, Diretor Geral de Recursos Naturais – 2017, empresário dos setores da Educação, Consultoria Ambiental e Construção Civil e morador de Pontal do Paraná.