A ANP (Agência Nacional de Petróleo) aplicou duas autuações à Chevron pelo episódio de vazamento de óleo do campo de Frade, na Bacia de Campos.
De acordo com a diretora da agência Magda Chambriard, as autuações se devem às “informações truncadas” enviadas pela petroleira ao governo e à ausência de equipamento necessário para o abandono definitivo do poço onde há o vazamento. O valor de cada um dos processos pode chegar a R$ 50 milhões, o máximo permitido pela legislação atual. A petroleira norte-americana pode recorrer sobre esse valor.
“Estamos sabendo que somente hoje (segunda-feira) pela manhã estaria chegando aqui esse equipamento do exterior e nós, de certa maneira, trabalhamos com uma informação equivocada, uma informação falsa [de que eles teriam esse equipamento], afirmou o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima. A ANP afirma ainda que a petroleira cortou trechos das imagens do vazamento.
“Nós tivemos que embarcar, ir à bordo para a plataforma pra buscar as imagens”, afirmou a diretora da ANP Magda Chambriard. Segundo ela, a atitude da empresa com o governo brasileiro foi um “tratamento completamente inaceitável”.
A Chevron já foi multada pelo Ibama em R$ 50 milhões, referente à poluição causada pelo petróleo derramado no mar. Segundo a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), outras penalidades não estão descartadas.
“Nós não seremos contemplativos nesse episódio. Agiremos com o máximo de rigor no que diz respeito às providências no exame dessa matéria”, afirmou o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), em coletiva no Palácio do Planalto.
Lobão, Teixeira e os diretores da ANP tiveram uma reunião com a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, para tratar do episódio. (Fonte: Flávia Foreque/ Folha.com)
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